Cerco de Ghouta Oriental

Cerco de Ghouta Oriental
Guerra Civil Síria
Data 7 de abril de 2013 – 14 de abril de 2018 (5 anos e uma semana)
Local Ghouta Oriental, Damasco, Síria
Desfecho Vitória decisiva do Exército Sírio e aliados
Beligerantes
Síria Síria
Irã Irão
 Rússia (a partir de 2015)
Hezbollah
Síria Estado da Palestina Milícias palestinianas pró-governo
Guarda Nacionalista Árabe
Partido Social Nacionalista Sírio
Jaysh al-Islam
Legião Al-Rahman
Ahrar al-Sham
Exército Livre da Síria
Tahrir al-Sham
Estado Islâmico do Iraque e do Levante Estado Islâmico do Iraque e do Levante (2013-2014)
     

O Cerco de Ghouta Oriental foi um cerco imposto pelas forças do Governo Sírio e aliados que começou em abril de 2013[1], na área leste da região de Ghouta, nos subúrbios de Damasco, controlada por forças ligadas à Oposição Síria. As localidades sob cerco eram Douma, Mesraba, Arbin, Hamouria, Saqba, Modira, Eftreis, Jisrin, bem como as zonas de Beit Sawa, Harasta, Zamalka, Ein Tarma, Hazeh e Kafr Batna[2]. Em 2016, cerca de 400.000 pessoas viviam na zona cercada que tinha uma área de apenas 100 quilómetros quadrados[3], o que significava uma densidade populacional de 4.000 habitantes/km2.

A Resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas 2401, adotada a 18 de fevereiro de 2018, pedia a introdução de um cessar-fogo na Síria inteira por 30 dias[4], incluindo Ghouta Oriental, mas o Exército Árabe Sírio (EAS) continuou com a ofensiva. Em março de 2018, o Exército Sírio dividiu o enclave rebelde em três partes, chegando a um acordo com as forças rebeldes a serem evacuadas para a província de Idlib[5]. Esta acção deslocou 105.000 pessoas da zona. Douma era a única cidade no final de mês que não estava sob o controlo das forças governamentais.

Em 8 de abril de 2018, chegou-se a um acordo para evacuar os últimos combatentes rebeldes e civis da cidade de Douma após um ataque químico ter matado 70 pessoas[6]. O Governo Sírio e a Rússia negaram qualquer envolvimento no ataque. Mais de 50.000 pessoas, incluindo combatentes do grupo Jaysh al-Islam (JAI) e suas famílias, foram evacuadas para o norte da Síria[7]. Alegadamente, 200 reféns leais ao Governo foram soltos pelo JAI. A Polícia Militar Russa foi destacada para a cidade de Douma para verificar a implementação do acordo[8].

Milhares de pessoas morreram durante os 5 anos do cerco. Foram várias as alegações de crimes de guerra e de crimes contra a humanidade, em especial feitas pelo Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas, e entre os alegados crimes estavam o uso de armas químicas, civis usados como escudos, ataques contra civis, ataques contra locais protegidos (escolas e hospitais), uso de inanição como método de guerra e negação de medicamentos[9][10][11].

  1. «Report of the Independent International Commission of Inquiry on the Syrian Arab Republic» (PDF). Assembleia Geral das Nações Unidas. 1 de fevereiro de 2018. Consultado em 9 de março de 2020  line feed character character in |titulo= at position 54 (ajuda)
  2. «Eastern Ghouta devastation seen from space». BBC News (em inglês). 29 de março de 2018 
  3. «The unravelling of Syria's Eastern Ghouta». www.aljazeera.com. Consultado em 9 de março de 2020 
  4. «UN approves 30-day ceasefire in Syria». BBC News (em inglês). 25 de fevereiro de 2018 
  5. Shaheen, Kareem (23 de março de 2018). «Ceasefire deal agreed in Syria's eastern Ghouta». The Guardian (em inglês). ISSN 0261-3077 
  6. CNN, Sheena McKenzie, Tamara Qiblawi and Frederik Pleitgen. «Trump and others condemn chemical attack in Syria that Russia calls a 'hoax'». CNN. Consultado em 9 de março de 2020 
  7. «Syrian rebels evacuated from Douma reach northwest: monitor». Reuters (em inglês). 10 de abril de 2018 
  8. «Scores of rebels, hostages leave Syria's Douma under deal: state media». Reuters (em inglês). 9 de abril de 2018 
  9. «'At the doors of starvation:' siege strangles Damascus suburbs». Reuters (em inglês). 27 de outubro de 2017 
  10. Avenue, Human Rights Watch | 350 Fifth; York, 34th Floor | New; t 1.212.290.4700, NY 10118-3299 USA | (18 de março de 2018). «Russia Backs Syria in Unlawful Attacks on Eastern Ghouta». Human Rights Watch (em inglês). Consultado em 9 de março de 2020 
  11. «Both sides committed war crimes during Eastern Ghouta siege: UN». Middle East Eye (em inglês). Consultado em 9 de março de 2020 

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